25 de outubro de 2009

Atuando e distribuindo sorrisos...

Na última quinta-feira, me apresentei pela Compania Cem Caras no bairro Dunas, por causa do 3º Encontro de Teatro de Pelotas. O espetáculo foi “A Bruxinha Que Era Boa”, texto da Ana Maria Machado.

Quando soube o local da apresentação, fiquei com medo. O bairro Dunas é um tanto “perigoso”. Dizem que até certa parte você pode entrar, ultrapassando-a não se sabe se você irá sair (macabro, né? ;x). Algumas pessoas disseram pra eu não ir, e tudo mais. Mais então, pensei: -Ah, não deve ser nada de mais né? Tudo em nome da arte! E lá fui eu e todo o pessoal do elenco.

Na van, haviam pessoas que já tinham se apresentado neste bairro. Elas ficaram nos “apavorando” a viajem toda. Pra quê né? Ficamos com muito medo.

Logo, estacionamos no pátio da escola. Tinha um casebre bem em frente, que tinha uma janelinha. Nesta janelinha tinha um rosto muito macabro nos olhando e se escondendo. Isso foi muito do mal! Sério, ficamos com muito medo. Eu e as gurias não queríamos sair do tal do ônibus, muito menos deixar nossas coisas ali. Até que saímos (ufa!), mas só com a garantia que o motorista iria ficar ali por perto.

E então, ao descer do ônibus, começamos a ver dezenas de crianças: correndo, brincando, se batendo... E o medo foi vindo...

Aí fomos a uma espécie de “mini-auditório” da escola, muito bonitinho por sinal. E fomos vendo as crianças passando, nos acenando. Começamos a nos sentir em casa.

Nos maquiamos, nos vestimos, passamos o texto, fomos filmados, entrevistados, tiramos fotos e fomos pro local da apresentação (era no pátio, em uma quadra de futebol “transformada” em palco). Eram 400 crianças: pequenas, médias e grandes. Haviam também professoras mal-encaradas e aparentemente desgostosas da vida.

Começamos o espetáculo, e com ele as risadas, as vaias (que era de se esperar, visto que destinavam-se as bruxas más), os sorrisos, as caras de medo... Em algumas crianças era possível ver seus olhos brilhando de alegria, em outras de medo ou curiosidade. Foi uma das experiências mais gratificantes e transformadoras da minha vida: esquecer o pré-conceito e mergulhar em um universo novo. Esquecer de mim por algum tempo, dos meus problemas e dar vida à Bruxa Fredegunda, tão horrenda, maléfica e engraçada.

Pra mim, tudo isso foi a oportunidade de sair da rotina e mostrar a minha alegria ao encenar. Para aquelas crianças, foi a oportunidade de conhecer o teatro, divertir-se com o inusitado e rir daquelas bruxas feias e desengonçadas.

Simplesmente, amo muito tudo isso.

PS: Fotos nos "bastidores". Nunca conseguimos tirar de todo mundo junto ;/


Em ordem: Bruxa Fredegunda (eu!), Bruxa Instrutora (Bibiana Velasquez), Bruxa Fedelha (Eduarda Esteves)
Abaixo Pedrinho ( Michel Azevedo)


Em ordem: Bruxa Fedelha (Eduarda Esteves), Bruxa Fredegunda (eu!)
Abaixo: Bruxinha Ângela ( Taiane Bartz)


Bruxa Fedelha e Bruxa Fredegunda


Bruxa Fredegunda (muito gata por sinal! ahauhauhau :P)