28 de dezembro de 2009

Sentimento Natalino

Acho que nunca gostei dessas datas comemorativas, a não ser quando eu era pequena. Criança adora né? Presentes, preparativos, afins... Mas na medida em que vai crescendo, vai perdendo o encanto. Pelo menos, foi o que aconteceu comigo.

Minha família sempre fez questão de manter uma “tradiçãozinha” de fim de ano, comprando presentes (mesmo quando a “grana” estava curta) e quitutes. Porém, acho que mantinham isso pela simples tradição, não por “sentirem” o tal sentimento natalino.

Só me deparei com este sentimento uma vez. Isso faz um tempão! Meu pai teve a ideia de comprar balas pra distribuir pras crianças do meu bairro. Eu e minha prima tínhamos umas roupas de “pseudomamães noels” e colocamos as balas nos nossos sacos. E fomos rua à fora, distribuindo balas pras crianças. Lembro também, que passamos por vários mini-mercados. E os donos dos mini-mercados nos davam mais balas, fazendo com que mais crianças pudessem ser contempladas com balinhas. E pra mim, tudo isso foi o máximo!

Infelizmente as coisas mudam, as pessoas vão embora e você cresce. Certamente, meus natais jamais serão assim de novo. Mas fico feliz por ter sentido o Natal em mim, pelo menos uma vez.

PS: E Feliz Natal atrasado a quem não desejei! Desculpem-me, mas esse ano foi difícil pra mim ;/

17 de dezembro de 2009

A reprodução das minhocas

Tenho andado um pouco cansada de tudo: escola, responsabilidade, trabalhos, professores “queridíssimos”, pessoas mal-humoradas, enfim... dessas coisas que envolvem assuntos escolares.
Essa semana foi ainda pior, provas e mais provas de matérias que eu não tenho a menor afinidade e o menor interesse. Fora meus trabalhos do técnico, que certamente são bem mais divertidos e interessantes.
Então, estava eu estudando pra uma prova de biologia. Legal, eu estava até “gostando” do conteúdo até chegar na parte de vermes. PQP! Existe coisa mais desagradável do que estudar a reprodução dos vermes, as camadas embrionárias dos vermes, o sistema de excreção dos vermes...
Se não bastasse isso, quando chego nos anelídeos aparecesse o tópico mais bizarro na minha frente: “ A reprodução das minhocas”. Então, eu tenho vontade de morrer de rir do nosso sistema de ensino escolar. Por que DIABOS uma pessoa em pleno ensino médio vai ter que estudar a reprodução das minhocas? É algo extremamente cômico e desnecessário. Com tanto assunto interessante e válido pra vida, temos que estudar a reprodução das minhocas.
Tudo bem, você pode pensar “isso é conhecimento geral, pra você saber que tipo de carreira quer seguir e blábláblá”. Mas ainda não me convence. Acredito que mesmo que uma pessoa em sã consciência queira cursar biologia, ela não vai ficar estudando a reprodução das minhocas... ¬¬
Mas voltando ao nosso sistema de ensino escolar, quando me deparei com este tópico pensei no tal de ENEM e fiquei feliz. Pelo menos, a nova prova do ENEM não envolve conhecimentos inúteis no cotidiano de uma pessoa, como por exemplo a tão citada “reprodução das minhocas”. É uma prova extensa, traumatizante... Mas que com certeza exige do aluno muito mais conhecimentos gerais e “úteis” do que “decorebas” do ensino médio.
Portanto meus amigos, vou passar a reprodução das minhocas adiante e chegar nos moluscos, porque me nego a querer saber a maneira de como as mesmas recebem o espermatozóide.

VIVA A GENÉTICA ( BIOLOGIA ÚTIL E INTERESSANTE )!!!

Sem mais para o momento.

25 de outubro de 2009

Atuando e distribuindo sorrisos...

Na última quinta-feira, me apresentei pela Compania Cem Caras no bairro Dunas, por causa do 3º Encontro de Teatro de Pelotas. O espetáculo foi “A Bruxinha Que Era Boa”, texto da Ana Maria Machado.

Quando soube o local da apresentação, fiquei com medo. O bairro Dunas é um tanto “perigoso”. Dizem que até certa parte você pode entrar, ultrapassando-a não se sabe se você irá sair (macabro, né? ;x). Algumas pessoas disseram pra eu não ir, e tudo mais. Mais então, pensei: -Ah, não deve ser nada de mais né? Tudo em nome da arte! E lá fui eu e todo o pessoal do elenco.

Na van, haviam pessoas que já tinham se apresentado neste bairro. Elas ficaram nos “apavorando” a viajem toda. Pra quê né? Ficamos com muito medo.

Logo, estacionamos no pátio da escola. Tinha um casebre bem em frente, que tinha uma janelinha. Nesta janelinha tinha um rosto muito macabro nos olhando e se escondendo. Isso foi muito do mal! Sério, ficamos com muito medo. Eu e as gurias não queríamos sair do tal do ônibus, muito menos deixar nossas coisas ali. Até que saímos (ufa!), mas só com a garantia que o motorista iria ficar ali por perto.

E então, ao descer do ônibus, começamos a ver dezenas de crianças: correndo, brincando, se batendo... E o medo foi vindo...

Aí fomos a uma espécie de “mini-auditório” da escola, muito bonitinho por sinal. E fomos vendo as crianças passando, nos acenando. Começamos a nos sentir em casa.

Nos maquiamos, nos vestimos, passamos o texto, fomos filmados, entrevistados, tiramos fotos e fomos pro local da apresentação (era no pátio, em uma quadra de futebol “transformada” em palco). Eram 400 crianças: pequenas, médias e grandes. Haviam também professoras mal-encaradas e aparentemente desgostosas da vida.

Começamos o espetáculo, e com ele as risadas, as vaias (que era de se esperar, visto que destinavam-se as bruxas más), os sorrisos, as caras de medo... Em algumas crianças era possível ver seus olhos brilhando de alegria, em outras de medo ou curiosidade. Foi uma das experiências mais gratificantes e transformadoras da minha vida: esquecer o pré-conceito e mergulhar em um universo novo. Esquecer de mim por algum tempo, dos meus problemas e dar vida à Bruxa Fredegunda, tão horrenda, maléfica e engraçada.

Pra mim, tudo isso foi a oportunidade de sair da rotina e mostrar a minha alegria ao encenar. Para aquelas crianças, foi a oportunidade de conhecer o teatro, divertir-se com o inusitado e rir daquelas bruxas feias e desengonçadas.

Simplesmente, amo muito tudo isso.

PS: Fotos nos "bastidores". Nunca conseguimos tirar de todo mundo junto ;/


Em ordem: Bruxa Fredegunda (eu!), Bruxa Instrutora (Bibiana Velasquez), Bruxa Fedelha (Eduarda Esteves)
Abaixo Pedrinho ( Michel Azevedo)


Em ordem: Bruxa Fedelha (Eduarda Esteves), Bruxa Fredegunda (eu!)
Abaixo: Bruxinha Ângela ( Taiane Bartz)


Bruxa Fedelha e Bruxa Fredegunda


Bruxa Fredegunda (muito gata por sinal! ahauhauhau :P)

29 de setembro de 2009

Viver de Idéias

Ser designer não é sair desenhando coisas por aí. Não é coisa de criança de pré, ou das aulas de educação artística do ensino fundamental. Ao contrário do que grande parte das pessoas pensam, ser designer é viver de idéias. Você já pensou o quão complexo é viver de idéias? Ter que viver tendo idéias para tudo que você cria? Diferente de um matemático que tem a fórmula certa para resolver um problema, para o designer não há fórmula: o problema será solucionado através da análise do mercado, pesquisa de similares, rabiscos no “sketchbook”... Até que ele consiga pensar em algo diferente e original, que esteja à frente do mercado. Não há regras de como agradar este mercado, sua única defesa perante ele são os seus argumentos, a defesa de seu projeto.

Por isso, os designers não podem parar. Precisam viver pesquisando, estudando, se atualizando e pensando. E esse pensar inclui noites de insônia, dias nervosos e surtos psicóticos. As idéias não podem cessar.

Contudo, ser designer é divertido e gratificante. Divertido por você viver em constante aprendizagem, sendo interado de novas peças, mídias, artistas e tecnologias. Gratificante por você saber que o seu trabalho irá criar o inexistente, dar sentido ao que não existe e destacar as coisas despercebidas no mundo.

PS: Só por que eu estou prestes a ter um surto psicótico, em virtude da minha ausência de idéias. Acontece. ; / Mas, continuo gostando da idéia de ser uma aspirante a designer :D

20 de setembro de 2009

Sobre o vento, músicas e sensações

Sabe, eu odeio vento (ou odiava até então) por questões estéticas: tenho um cabelo super difícil de lidar, e com um vento viro black power. Essa semana ventou quase todos dias em Pelotas. Que coisa né? Cabelos pra que te quero, uma bagunça geral.

Essa semana andei bem estressada, coisas de mulher (malditos hormônios!) e essa ventania me deu uma sensação de liberdade, leveza, me acalmou. Tá, pode parecer bem bizarro, mas pela primeira vez gostei do vento! De sair com o cabelo todo bagunçado, de deixar ele bagunçar meu cabelo, de sentir a brisa gelada, os raios do sol...

E então, me vem uma música do “Los Hermanos” na cabeça. Adivinhem o nome? O vento! Fechou todas, passei a semana toda sendo descabelada pelo vento ouvindo a tal da música. Pensando na música todo o dia, começando a cantar a tal da música inconscientemente. E desde então, continuo procurando música da banda, baixando, ouvindo, gostando, odiando... Faz parte :)

Ah, “The Doors” andou comigo essa semana também. Embora eu não saiba cantar decentemente nenhuma música, e saber o nome de poucas, gosto de um monte de músicas dos caras. Mas “The Doors” me transmite outra sensação: vontade de ir pra um pub, tomar um drink, vendo um show deles (um bom cover me servia).

E é isso aí. Músicas afloram vontades e sensações, acalmam, enlouquecem, entristecem, confortam, libertam e te deixam feliz. Por isso que eu gosto tanto de música.

15 de setembro de 2009

Maldita desMotivação!

É engraçado que ao tentar fazer meu trabalho de matemática eu tenha vontade de escrever. Simplesmente não agüento mais o ensino médio, e estou completamente desmotivada esse ano.

Não só pro ensino médio, também pro técnico. O que acontece no técnico é um pouco diferente: eu fico toda empolgada, pensando em coisas mirabolantes, com o meu projeto todo em mente e tudo mais. Aí você chega pra um professor e conta (e espera dele pelo menos 1/3 do seu entusiasmo). Então ele diz: Ah, tá legal o que estás criando, mas podes desenvolver mais. Muda isso, isso e isso.

Putaquepareo né? Eu entendo que o que eles querem é o melhor, que a gente se torne extremamente criativos e tudo mais. Mas motivação é essencial pra se seguir em frente! Não sei se eles sabem, que a gente perde o sono pensando em coisas, acorda com coisas na cabeça, tenta se concentrar em um filme (ou programa de TV) e vem o tal projeto na cabeça. Talvez eu seja um pouco obsessiva, mas acho que acontece com quase todo mundo que quer fazer muito bem o que gosta. Seja um jornalista, pintor, arquiteto, escritor, físico, nutricionista e, enfim, design.

Concordo que, se o teu projeto está uma merda, ele deve te falar delicadamente. Mas se vê que o “troço” tem futuro, podia te motivar mais! E não desmotivar, desmerecendo o teu trabalho até então.

Então, pessoas, motivem umas as outras! Elogiem a roupa da amiga, o cabelo do namorado, o desenho do seu irmãozinho, até a cor do esmalte da unha da sua amiga.

Ou então a maneira como ela tirou as sobrancelhas. Diga para sua prima que ela pode ser um gênio da matemática (mesmo que ela seja realmente muito ruim na coisa), não preciso lembrar que querer é poder né?. Por mais idiota que possa parecer, fazem as pessoas felizes. E as pessoas andam cada vez menos gentis! Gentileza é tão bacana pow, é tão bom ser elogiada, motivada...

Fica aí o meu desabafo, não direcionado pra ninguém. São só algumas coisas que andei pensando ( que me desmotivam, mais e mais).

11 de setembro de 2009

Sobre funk, rock e censura

Pós-Bidê ou Balde: Cansaço. Sono. Olheiras lá no meio da cara. Prova de biologia. Matação de aula pra dormir. Mas também né? Em plena quarta-feira! Vai sabe porque não fizeram o show no final de semana...

Mas o que importa é que tava muiiiitooo bom, demais mesmo. Os caras são muito divertidos e fazem muitas piadinhas. O vocalista é extremamente carismático e engraçado. A única mulher da banda faz altas caras e bocas e dancinhas felizes. Todos são extremamente animados.

Não sou fã nº 1 da banda, gosto muito de algumas músicas, mas a maioria eu nem conheço direito. E mesmo assim me diverti horrores õ//

Mas bem, muito legal essa iniciativa de trazer bandas gaúchas pra Pelotas. A 1ª foi Cachorro Grande, depois Wander e agora Bidê. Qual será a próxima? (*-* expectativa)

Há um tempo atrás não gostava nada de rock gaúcho. Achava chato e besta. Mas depois, por algumas influências, comecei a gostar bastante. O rock gaúcho é muito singular, muito autêntico, acho que isso que o torna tão legal. E é gaúcho, pow! (risos).

Mas então, o que me deixou triste foi que não tocaram uma música que eu gosto muito: “E por que não?”. Essa música foi censurada! Por que consideraram como uma música extremamente “pedófila”. Confesso que na primeira vez que ouvi a música, fiquei meio chocada. Mas depois pesquisei pra ver o que eles queriam com ela na verdade, e o objetivo era chocar mesmo e chamar a atenção pra pedofilia. Mesmo assim, “podaram” eles. É uma música muito bonitinha, romântica e tal (Letra aqui ó: http://vagalume.uol.com.br/bide-ou-balde/e-por-que-nao.html) que eu aprendi a gostar.

Daí tu pensa: A gente ouve tanta música “chinela” por aí. Esses funkzão, pancadão, só coisa imprestável e ninguém censura! Que merda de país é esse?

Aí os caras dizem: Ah, o funk é uma forma de expressão da comunidade da favela e blábláblá. E reflete a desigualdade social e blábláblá.

Me poupe né? O que presta numa letra de funk? NADA. Absolutamente NADA. Tem até umas engraçadinhas que não são tão fudidas.Eu gosto do ritmo, mas as letras são muito podres.

O que o funk ensina pra gente? Vamos fazer créu, rebola o popozão, chama as mulheres de cachorra e prostitua ¬¬”

Não dá mesmo pra entender essa gente do Brasil ¬¬”

PS: Estava pesquisando no google e achei esse livro aqui ó: http://books.google.com.br/books?id=l9WtMhFGdrMC&pg=PP1&dq=funk+carioca#v=onepage&q=&f=false pra saber mais sobre ( Funk carioca: Crime ou Cultura?). Lerei!

7 de setembro de 2009

Uma agradável experiência estética

Olá! A todos os visitantes. Esta é a minha segunda tentativa de postagem, porque acabei perdendo o meu primeiro post (que tinha ficado muito bacana!). Mas esse outro falava sobre conhecer o desconhecido e sair da rotina! (repeti muito essa frase nos últimos dias).

Adotando essa filosofia, resolvi sair da rotina! E foi uma experiência muito boa. A gente tem mania de julgar ruim tudo aquilo que não faz parte do nosso mundo, e eu estou tentando me livrar desse preconceito. Acabei tendo uma agradável experiência estética! ahuahauhau :P (vou fazer um post bem legal sobre isso!)

Então, eu fui na tal “dark ground” e foi muito legal! Mesmo com todos dizendo coisas “feias” sobre o tal evento (e essas pessoas nunca tinham ido!) e até meu próprio namorado dizendo que eu não ia gostar e ia incomodar pra ir embora e tals. Mas o fato é que me diverti, e voltarei com certeza.

Outra experiência que eu tive no mês passado foi ir numa “pagodeira” (ahauhauhau, podem rir!). E eu achei super divertido também! (tá, era com bebida liberada ¬¬”). Mas acho que mesmo que não fosse, eu ia achar legal. Por que eu me divirto vendo as pessoas dançarem.

Pois a todos que perderam a “dark ground” lamento, e espero que percam o preconceito e abram a cabeça pra conhecer coisas novas. E aquelas que nunca foram numa pagodeira, também façam o mesmo.

E aqueles que me acharam super chata batendo na mesma tecla toda a semana peço desculpas,mas fiquei muito entusiasmada com essa idéia.
Este post foi meio que super pessoal, mas tentarei fazer os outros de outra forma :D

Bom Feriado!